domingo, 18 de dezembro de 2011

Poema de Natal



PRELÚDIO DE NATAL
 
Tudo principiava
pela cúmplice neblina
que vinha perfumada
de lenha e tangerinas

Só depois se rasgava
a primeira cortina
E dispersa e dourada
no palco das vitrinas

A festa começava
entre odor a resina
e gosto a noz-moscada
e vozes femininas

A cidade ficava
sob a luz vespertina
pelas montras cercada
de paisagens alpinas

David Mourão-Ferreira

    Muito bonito  este poema! Natal  é isto tudo e muito mais!
O odor a resina , descrito numa das estrofes , no meu caso,  era mais a criptomeria: árvore típica  da minha terra natal  e com a qual se fazia a árvore de natal. Actualmente tenho-a sintética,  a que mostra na foto, parte dela. Na decoração da casa tenho sempre ramos de outras árvores naturais, como por exemplo, de cedros .O incenso granulado nunca falha!...