Aeroportos: "aerovacas" e "aeromoscas"

Na ilha onde sou natural, existiu um aeródromo que popularmente chamavam de "aerovacas", porque a sua pista era ladeada de relva e à volta  podia-se ver  vacas  a pastarem . Servia de ponte  ao aeroporto internacional da ilha de Santa Maria e ilha da Terceira, fazendo depois ligação directa a outros continentes , com mais frequência para a América do Norte (USA e Canadá) . Situava-se num lugar chamado Santana, para os lados de Rabo de Peixe,no concelho da Ribeira Grande, na Ilha de São Miguel, nos Açores. Tenho uma vaga ideia desse lugar dado que, íamos esperar o meu pai, vindo do Canadá , entre o começo e finais dos anos sessenta do século XX , Se a memória não me falha foi dentro dessas datas .Este  pequeno aeroporto deixou de funcionar para dar lugar a outro em Ponta Delgada , agora internacional... Apesar dessas características, o "aerovacas" tinha movimento justificativo para estar aberto. Quem quiser se informar mais sobre este assunto o Google explica em pormenores . Basta escrever "aerovacas"

Lembrei-me do assunto acima porque  ao ler comentários num site social sobre a prisão preventiva do ex-primeiro ministro de Portugal, José Sócrates, alguém escrevia que foi um tal  se encherem e começa a enumerar as várias construções civis públicas, incluindo o" aeromoscas ", que foram realizadas em território português, beneficiando os bolsos de alguns empresários coniventes com o governo do senhor Sócrates.... É claro que os humores estão ao rubro na actualidade e não é para menos!...  Suponho que se referiu ao aeroporto em Beja,situado no Alentejo.... De facto, segundo consta ,está mesmo às moscas... No meio das desgraças há sempre gente muito espirituosa que nos faz esboçar sorrisos . As desgraças são em relação a este segundo assunto. O primeiro  até tem histórias dignas de serem contadas !... Algumas também caricatas, mas não me vou alongar mais !...
Obs: as fotos são da Internet.

Obras em casa

Há quase uma semana sinto-me como se estivesse em prisão domiciliária dentro da minha casa ! Salvo seja! toc , toc, toc ! Bom, em tempos normais, o facto de estar entre quatro paredes não me aflige! Só que agora  tenho o espaço limitado e vejo-me confinada à sala e à cozinha das 9 às 18  horas , com um intervalo para o almoço de uma hora.  Com sorte tem dias que posso sair à tarde e ao fim-de-semana. A circulação a estas divisões é feita através da marquise . O centro da casa, que liga aos quartos de dormir e a duas casas de banho, está ocupado por razões de obras de remodelação nos W.Cs e na entrada.

Ainda para mais, as paredes exteriores do prédio onde vivo estão a ser pintadas, agora do lado da cozinha. Pelas onze horas noto  os gatos  de orelhas afiadas e olhares intensos para as janelas. A gata que é mais arisca assanhou-se.  Lá estavam os pintores suspensos por umas cordas encostados aos vidros ao nível do meu andar. Que situação desconfortável! Bem sei que é  provisória e servirá para melhor bem- estar e tudo ficará de cara lavada ! Mas enquanto não terminarem  é uma seca e só me resta ter paciência, Mentalizei-me para isto!

Foto da Internet

Quanto aos profissionais, até agora só posso é dizer bem ! Para eles também não deve ser fácil trabalharem com  a casa ocupada, mas faço o possível para que se sintam à vontade. Ou seja, só apareço quando me chamam ou para abrir a porta... No fim das contas  tenho é de me dar por satisfeita por ter a possibilidade de estar a concretizar este projecto todinho pensado e feito por mim! Desde fazer as maquetas ao meu jeito , contratação de profissionais, compra dos artigos necessários e contabilidade, Uma canseira...E é claro, conversações e combinações com quem vive dentro do lar.

Foto da internet

Entretanto, o que me vale é ter a capacidade de saber  me entreter . De manhã acompanha-me o Porto Canal , canal da tv por cabo,. com as suas "Grandes manhãs"! Começa com exercícios físicos e entro na onda de forma a  não me enferrujar. Depois é uma panóplia de outros afazeres  Hoje foi limpeza aos livros de uma modo radical. Só ficam na estante os clássicos ou de escritores dignos do nome e pouco mais. Todo o resto vão ter outro fim...  A sala também anda em estudo para decoração sob a minha autoria e igualmente será radical ...
E haja saúde, é o que mais desejo ! Quando nos falta , aí sim temos razões concretas para nos apoquentar-mos a sério!...  

Recantos em Portugal ( Palmela e Azeitão)

No passado Sábado, dia 15 de Novembro, fui a Palmela visitar um local para eventos, acompanhada de pessoas de família. Assim são consideradas por mim! Depois disso foi sugerido dar-mos uma volta até à Vila de Azeitão para tomar  chá e as famosas tortinhas com o mesmo nome do local . Conheço mal ambos os lugares. O primeiro só de passagem e o segundo estive numa visita há pouco mais de um ano numa das suas quintas e adegas de vinhos, especificamente da marca Periquita , passo a publicidade! Como se pode ver na foto acima, o espaço que se escolheu é super agradável ! Até parece uma sala das nossas casas. tal é o bom acolhimento, tanto no espaço como no atendimento requintado! Um pequeno exemplo: O Chá foi servido não em saquetas, mas sim com as folhas das próprias plantas. Escolhi o chá Lúcia-Lima que estava muito bom! Por via familiar tenho os meus conhecimentos e procedimentos sobre esta bebida! Aliás, a palavra chá é proveniente  de plantios restritos: Chá verde, chá preto, chá branco, chá vermelho e pouco mais. Todo o resto são infusões ou tisanas, mas têm-se o hábito de chamar tudo a chás.
Azeitão e Palmela  pertencem à região de Setúbal. O concelho onde tenho a minha residência também  pertence! Que saiba, nas imediações da minha casa desconheço lugares tão aprazíveis e aconchegantes . Por essas e por outras raramente frequento cafés ou coisa que lhe valha .Não há muitos meses, uma amiga convidou-me para tomar café e para dois dedos de conversa, num espaço não a muitos metros do meu prédio. Cheirava tanto a fritos que a roupa que levava teve de ser toda lavada . Da outra vez escolhemos outro lugar, mais ou menos na mesma área, e ficou-se com a impressão que os frequentadores ficavam a ouvir as nossas conversas com tamanha indiscrição, para além de falarem muito alto... Hábito entranhado nos portugueses, sem querer generalizar, pois com certeza ! Em suma, não têm ambiente desejado para o meu gosto. Não é" snobismo", longe disso! Mas não tenho paciência nem aço para aturar certas coisas. Com o avançar da idade isto acentua-se....  

Os presentes de Natal.

Mais ou menos, desde que os meus filhos deixaram de ser crianças começou a ser um bocado penoso comprar as prendas de Natal. De ano para ano a coisa complicou-se e a família  aumentou . O ano passado foi  a gota de água a transbordar no copo, como se costuma dizer. Que trabalheira
escolher e andar numa roda viva para comprar uns trejeitos de encontro aos gostos de cada um, para no final se tornar num vazio espiritual...
Prometi que este ano  o caso mudava de figura ! Os presentes de Natal  serão brinquedos para as crianças. Assim era a tradição na minha família quando também fui criança... O da minha neta  já está! E com  entusiasmo foi adquirido !...Assim é que vale a pena, dar as coisas com muito gosto sabendo que tudo agrada nessas idades . Aos adultos farei uma graça que será de utilidade e que não me faça  rodopiar que nem um pião, que eu já não estou para isso nem para me aborrecer inutilmente! Redopiar só se for para dançar ! Ai sim! Ao som da música , de passos marcados e bem aconchegada é outra coisa! (risos)
Depois de fazer este aviso em família é que resolvi escrever este post. Sugeri aos visados que, com o dinheiro que iam dispensar para as trocas das ditas prendas, comprassem uma coisa pessoal  que gostassem! Eu sou daquelas pessoas que gosta de me presentear de vez enquanto.  E haja saúde e muita alegria ! 

Peixes de aquário ,a minha superstição...

Foto do Google 

Há muitos anos tenho em casa peixes ou um peixe num aquário . Começou por uma oferta e depois
um hábito que foi ultrapassado numa espécie de magia e passar a superstição...o que não é grande coisa , pelo menos para a educação  que recebi em não acreditar em baboseiras! Acontece que li algures que os peixes davam boas energias no lar. Creio que foi num livro do Feng Schui, também oferecido, após ter os peixes, não fazendo a mínima ideia desse pormenor ...As plantas de ornamentação sei que purificam o ar  como nenhum ambientador, sendo natural. Foi estudado pela NASA ou pela ciência.  É nesta que acredito verdadeiramente, no meu lado racional que é o mais apurado. Em esoterismos e coisas que tais que me ultrapassam já é mais difícil a sua crença !...

Só sei que numa dada altura os peixes morreram e deixei por uns tempos de ter aquário com vida lá dentro. E assim começou a surgir contrariedades na minha vida . Quero acreditar que são coincidências, mas pelo sim pelo não nunca mais deixei de ter peixes até há quase dois meses ,quando por acidente ,em mudanças de móveis,  o motor caiu dentro da água aquecendo-a sem que desse por este facto e o pobre morreu cozido. Senti-me mal durante aquele dia. Nem o quis por no lixo , Foi enterrado num vaso de plantas !

Era um peixe que tinha sete ou oito anos , um  sobrevivente entre uns quantos que estavam no aquário  junto com ele, o único que escapou! Depois, numa das vezes em que estava a fazer limpeza e renovação da água do seu habitá, numa distracção, foi apanhado pela gata.( não o que está na foto a espreitar que é gato e também não foi neste aquário o acontecimento fatídico) Levado para debaixo da mesa, olho e  por uns segundos pensei que fosse um camarão, mas logo percebi que não podia ser. Ainda apanhou uma dentado no abdómen, que lhe provocou um pequeno furo, mas escapou novamente. De uma outra vez ,a gata empurra o aquário e lá vai peixe a estrebuchar no chão entre cacos, mas rapidamente socorrido e vivinho da silva por mais uns anos...

Após  o seu fim trágico, deixei de querer mais peixes. Mas lá está outra vez a coincidência...eu sei lá! A partir desse dia alguns aborrecimentos e coisa e tal no ambiente "energético" tem desandado.

Estou a ver que vou ter que voltar arranjar peixes ... É tolice? É bem possível que seja!... Mas enfim, não é para ninguém se deixar  influenciar por este relato meio estapafúrdio!...

Gosto de viajar, mas não para qualquer lugar.

Em conversa com familiares que estiveram na minha casa por estes dias, veio à baila as viagens. Minha irmã mais velha dizia quando visita outros países  gosta de tudo! Mas ela é assim mesmo, é muito positiva! Faz parte do seu temperamento. Já eu tenho as minhas reticências e exigências no que diz  respeito ao assunto . Costuma-se dizer que gostar de tudo é não gostar de nada! Talvez sim ou talvez não.

Fazendo um pequeno esforço mental do que me leva a gostar de viajar, quer  fora do país ou dentro, penso que é para sair do ambiente acostumado ou da rotina e conhecer outras realidades.
O que aprecio mais num lugar é a  sua boa organização e a forma como está estruturado, dando  aquele aconchego humano de forma a me sentir bem em vários aspectos e que passo a descrevê-los num apanhado:
-Ambiente acolhedor, arejado, limpo, harmonioso e onde se possa  circular sem sustos a qualquer hora do dia ou da noite.

- Contactar com as suas gentes que tenham agradável trato . Quanto mais  genuínas melhor. E de várias faixas etárias . Dá a sensação de equilibro demográfico. 

- Gastronomia (típica às vezes) com  leque  de escolha, facilidade de a encontrar, qualidade e preços não exorbitantes ou turísticos que são por demais desagradáveis. 

- Ver arte e artesanato, Servem para  conhecer a cultura e  a história de um povo.

- Conhecer palácios e casas apalaçadas com história, se os houver. Os museus, depende...alguns são maçadores.

- Hotéis acolhedores e limpos, principalmente! Se somarem simplicidade e requinte tanto melhor! Dando sempre preferência que estejam no centro das cidades. É agradável  descansar num bom e atractivo espaço de hospedagem no fim de um dia de muitas andanças para quem como eu anda muita a pé para melhor conhecer os cantos. 

- Dou preferência a lugares com água: rios,  mar e  lagos. No entanto, as duas cidades portuguesas onde me senti muito bem e as minhas preferidas não são bafejada pelas características citadas, por serem cidades de interior. Uma é Braga e a outra é Viseu, mas oferecem tudo o que  opinei acima . Pelo menos quando lá estive, não só uma vez em cada uma delas!

E a cereja em cima do bolo é chegar a casa, ao nosso porto de abrigo, e saber que tudo está como se deixou, sem transtornos. Trazendo na  mente novas e boas inspirações e conhecimentos.
Que ninguém me leve para o meio do nada de forma  a me sentir  isolada. A não ser que seja para conviver por um ou dois dias. Não fiz mal a ninguém para me esconder! (risos) Gosto de estar entre a civilização... e repito, harmoniosa! Detesto sentir-me dependente de terceiros para comprar uma simples garrafa de água, por exemplo! Gosto de me sentir livre, mesmo acompanhada! Também não está na minha vontade visitar  lugares onde existe maiores probabilidades de haver perigos em cada esquina, contrair doenças contagiosas com facilidade, ver  pobreza extrema e não sei que mais. Não tenho vocação para seguir as pisadas da Madre Teresa de Calcutá.... São qualidades raras de louvar, das quais não sou dotada! Talvez um dia mude de opinião...quem sabe?...
Obs: todas as fotos deste post  são da Internet.