segunda-feira, 29 de julho de 2013

Domingo especial em Lisboa


Ontem foi uma autêntica maratona que vivi em Lisboa: Às 17 horas assisti à peça de teatro, "Preocupo-me Logo Existo", no cinema São Jorge, cuja instalações interiores não são nada do que conheci há uns bons anos. Tinha  requinte.Agora está que dá uma certa pena! Perdeu a classe de outrora que tive oportunidade de conhecer.Mas o que interessa é a boa representação do Diogo Infante, que faz um monologo , criando várias personagens .Não me arrependi em ter ido. Valeu a pena, vale a pena, para quem gosta do estilo de representação.

Quando terminou o teatro, rumou-se  ao Largo de São Carlos,que fica no Chiado. Há cinco anos, de Junho a Julho acontece o Festival ao Largo. Ontem encerrou a temporada com o Lago dos Cisnes,com a Companhia Nacional de Bailado. Valeu a espera de quase três horas. Isto para apanhar lugar sentada. E mesmo assim , bastava chegar meia hora depois para não ter cadeira. É claro que este bailado é preferível vê-lo numa boa sala de espectáculos e não ao ar livre . Mas , como se costuma dizer, cavalo dado não se olha ao dente. Aquele espaço fica completamente abarrotar de gente, desde crianças, jovens, velhos, menos velhos, que ficam sentadas, algumas no chão,quando não há mais cadeiras, que se esgotam num ápice , de pé, debruçadas na vedação da rua de cima, que dá para o Largo de São Carlos. É espantoso a forma como centenas de pessoas presentes  se comportam sem nenhum desacato. Sente-se que quem vai para ali é porque gosta e sabe estar. Fantástico!... Não gosto de ficar em grandes aglomerados de gentes, mas há excepções! ...
Terminou passava largos minutos da meia noite. Há uma e meia da manhã já estava em casa ,satisfeita e com muitos risos que foram provocados por cenas hilariantes que aconteceram nos transportes...

quarta-feira, 24 de julho de 2013

O Mar! (La Mer)


O poema da canção "La Mer", composição que me agrada bastante,interpretado, e muito bem, por Charles Trénet, termina assim:
«O mar
embalou meu coração para a vida»
(La mer

A bercé mon coeur pour la vie)
A mim também me embalou e continua a embalar. O mar , para mim, é companhia .Sempre tive este sentimento e atracção pelas suas águas! Não há como a dos Açores! Ah, não há não!...Não sei explicar, mas não tem igual !...
 Costumo dizer que lugar ou paisagem que não tem água perde muito na sua beleza!...Além disso,estar à beira-mar  é terapêutico. Sempre achei que sim! 
Mais abaixo, após o vídeo, tem um texto que li no Facebook...na página que sigo do dr Jorge Neves (médico) : Confirma o que sempre senti! Por isso, não consta de  grande novidade   o que os cientistas resolveram debruçar -se sobre o assunto. Acredito no que lá está escrito, piamente!  



«ESTAR PERTO DO MAR É BENÉFICO PARA A SAÚDE

Estar e, sobretudo, viver perto do mar é benéfico para a saúde.
A conclusão é de um estudo desenvolvido pela Universidade de Exeter, em Inglaterra, que revela que a proximidade do oceano é capaz de reduzir o stress e de potenciar a prática de exercício físico, tendo efeitos diretos ao nível do bem-estar individual.

Os resultados da investigação foram apresentados pela epidemiologista Lora Flaming, a coordenadora do estudo, durante uma conferência da American Geophysical Union, que sublinha que, se a noção de que estar perto do mar é benéfico para a saúde já é antiga, só recentemente os cientistas começaram a estudá-la aprofundadamente.

Numa das experiências realizadas durante o estudo, adianta o portal LiveScience, os participantes observaram fotografias de oceanos, campos e cidades e foram questionados acerca de quanto pagariam por um quarto de hotel com cada uma dessas vistas. Os cientistas constataram que os voluntários estavam dispostos a pagar mais caso o hotel tivesse vista para o mar.

Lora Fleming, Matthew White e os colegas analisaram, também, dados de censos realizados em Inglaterra para compreender de que forma a proximidade da costa afeta a saúde das pessoas e concluíram que aqueles que viviam mais perto do mar relataram uma melhor saúde e qualidade de vida.»

terça-feira, 9 de julho de 2013

Decoração minimalista



Minimalismo na decoração é um estilo em que se reduz os objectos nos espaços e cujas linhas geométricas são simples.
Estou com tendências para simplificar  a decoração da minha casa o mais possível . Nunca gostei de decorações carregadas,com a sensação de darem pouco espaço, escuras, com objectos geométricos muito trabalhados, coisas supérfluas ou desnecessárias  e agora muito menos! A vida é curta para complicar seja o que for . Por isso, estou numa de minimalismo decorativo.

Comecei pelo meu quarto de dormir onde tem  uma cama tipo  sommier, com cabeceira  e um rodapé em tecido  de cor bege . A cobertura é que vai mudando, dependendo da época. Dessa vez optei pelos laranjas e amarelos . O segredo para não  cansar é ter cores neutras e os pormenores é que vão sendo substituídos, de vez em quando, com cores mais ou menos coloridas, conforme os gostos de cada pessoa . Duas mesinhas de cabeceira e um armário/roupeiro, que vai do tecto ao chão, compõe o resto. As cores das paredes e tecto são brancas, Uma delas em cor bege, a que fica de frente para a cama. Acho que ganhou profundidade e o pequeno contraste criou suavidade. Arrisquei e gostei! Nunca tive uma tinta tão boa para pintar. Não me pagam a publicidade mas é da Sotinco , marca  de origem portuguesa !

Os cortinados de cor pérola são muito simples e leves. As suas fibras têm a vantagem de só se  lavar e colocar, sem necessidade de serem engomadas. A não ser na primeira vez . A parede na lateral direita falta um quadro que ainda não foi posto...Todos estes trabalhos são feitos pelas minhas mãos: pintura, limpeza, arrumação, decoração, confecção do cortinado, incluindo a cabeceira da cama e seu rodapé .Depois dizem que uma mulher em casa não faz nada!...Não ganha é nada!...Enfim!..Das minhas portas para dentro não tenho do que me queixar , porque sou a rainha do meu lar! (risos) Tomara muitas mulheres terem a vida que tenho ! Peço ao Divino que assim se conserve! A minha critica é social !...


domingo, 7 de julho de 2013

O meu tapete jacuzzi




Em Agosto do ano passado, estive uns dias  em Viseu, coincidiu com a famosa Feira de São Mateus. Dentro de um pavilhão vi e ouvi a explicação da senhora promotora na venda de um tapete que fazia de jacuzzi .Apesar daquele sistema ser prático ficava um balúrdio no seu custo . Por isso, nem pensar fazer aquela compra!
 Há poucas semanas, vem o meu marido do "lider" (risos) todo contente com um tapete similar ao que tínhamos visto. A minha primeira reacção  foi dizer para que é que tinha comprado mais uma tralha que se calhar não ia dar certo... Engano meu! E foi por um preço nada a ver com o da dita feira. Mesmo nada! Tem o inconveniente, o motor faz imenso barulho como se fosse uma máquina de sulfatar...Como fica no lado de fora da quarto de banho, o tubo impede que  a porta feche.Também não posso fazer estes banhos a qualquer hora para não incomodar a vizinhança.
Só sei que me tenho deliciado com os meus banhos de banheira relaxantes! A maquineta desliga automaticamente no fim de 20 minutos!...Nem pensar retirá-la ou substituir por outra para por apenas duche. Isto quando for possível a remodelação dos WCs. Ah! O meu marido todas as vezes que me vê na preparação desses banhos diz-me: «falaste mal mas tens te servido bem e eu ainda nem experimentei». Não experimenta porque não quer. Ora!
Agora para rir: a primeira vez que utilizei o tapete, pus gel duche e a torneira a correr...Foi um cabo dos trabalhos! A espuma subia tanto que se deixasse  ia porta fora...Parecia cenas de um filme de terror. Os gatos, sempre muito "cuscos", saíram de lá para fora assustadissímos...(muitos risos)

terça-feira, 2 de julho de 2013

Luciana Casanova


foto encontrada na internet
Há menos de um mês,numa sala onde aconteceu um espectáculo, chamou-me a atenção uma  senhora com aspecto de ser estrangeira. Quis o destino que viesse a encontrá-la, poucos dias depois, num passeio. Aí  tive oportunidade de saber que era portuguesa, com origens italianas, vinda da família do conquistador de mulheres, o famoso Casanova. Disse que soube deste pormenor porque alguém dos seus conhecimentos  foi averiguar ao Arquivo Nacional da Torre do Tombo as suas descendências, que levaram largos meses a serem deslindadas. Os seus antepassados vieram de Génova e em Portugal trabalharam em carpintaria naval.

 Luciana Casanova, assim se chama a senhora, muito me surpreendeu e cativou com os seus relatos de vida. Nasceu no Seixal. Quando casou foi viver para Lisboa. Ainda com dois filhos  pequenos rumou ao Brasil, onde não encontrou motivos para ficar. Agravou-se quando o marido enamorou-se por uma baiana. A partir daí encheu-se de coragem  e voltou para Portugal, com mais um filho. Foi morar para a casa onde tinha nascido, no Seixal. Arranjou trabalho como modelista de bijuteria, onde permaneceu alguns anos, até ao dia em que a  empresa abriu  falência...Teve imensa piada a forma como contou esta parte, mas acho que não devo divulgar. Nesta altura tinha cinquenta anos, idade difícil para começar num novo trabalho.

 Depois de dias tormentosos, como se pode calcular, um dia encontrou na sua caixa do correio um postal que não lhe era endereçado. Tinha sido engano, mas ficou a saber que se tratava de uma sugestão para fazer uma formação a pessoas em condições de desemprego. Dirigiu-se ao lugar indicado para obter mais informações. Informaram-lhe  que não se encontrava nos requisitos devido à sua idade, apesar de se encontrar desempregada . De Bruxelas as ordens eram para as idades compreendidas entre os 18 e 38 anos. Todavia, depois das especialistas conversarem com a dona Luciana, abriram uma excepção assumindo responsabilidades. Assim  ficou para fazer a formação. No final, além de ser uma formanda habilidosa e dedicada foi  a única mulher que fez carpintaria naval em Portugal e não sei se na Europa. Passou a formadora com muito sucesso, ganhou prémios, incluindo no estrangeiro, com deslocações a outros países,convites para ir a  programas da televisão portuguesa: Júlio Isidro, Júlia Pinheiro, Manuel Luís Goucha... Os seus trabalhos estão espalhados em vários países e trabalhou quase três décadas nesta profissão!
Gostei imenso de conversar com a dona. Luciana Casanova. Por isso resolvi escrever estes pormenores, grandes pormenores, que me fascinaram e que poderão servir de incentivo a quem esteja a passar por dificuldades.