segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Apontamentos decorativos de Natal 2015, na minha casa.


O trigo cresce bem. A ervilhaca leva mais tempo. Encontrei-a numa loja de sementes, com mais de oitenta anos, localizada no Rossio de Lisboa. Quem procura encontra e querer é poder!
















 A vela funciona a pilhas, mas parece bem real. Quando vi este tipo de velas numa loja , junto com coisas inflamáveis, pensei que estavam a ser irresponsáveis , mas afinal são inofensivas. Coloquei umas folhas do caminho, flores artificias e bolas.




Enquanto não há os peixes tem bolas. Ao guardá-las dentro como suporto gostei do efeito e ficaram .












Centro de mesa feito com conchas, folhas de azevinho e velas.


Árvore de Natal




E como não há Natal sem Presépio, porque não é a mesma coisa, aqui está o de 2015.
FELIZ NATAL!

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Viver em cidades ou em terriolas?


O filme "A Modista", que não achei nada especial, veio vincar a opinião que tenho,  há muito tempo ,de antes querer viver numa grande cidade do que em vilas, muito menos em aldeias ! Nos lugares pequenos sabem da vida de todos, metem-se em tudo,  inventam, aumentam histórias  e se dão para hostilizar  é um sufoco!... O excesso de proximidade faz-me sempre lembrar a Fábula do Porco-espinho.
Viver numa cidade: bem sei que não é fácil  interagir com o seu semelhante por várias razões , uma das quais a desconfiança ou o medo do desconhecido. Porém, não faltam outras formas de comunicação no campo cultural / social e o  sentimento de liberdade vale muito !     

sábado, 12 de dezembro de 2015

Exposição de Presépios e passeios por Lisboa .



Esta tarde vi uma exposição de Presépios no Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa, com entrada grátis. As minhas visitas  a este Museu, por coincidência, têm sido à borla. São lindíssimos e feitos, alguns, há uns trezentos anos, em Portugal. Contava com mais quantidade de presépios, mas para já é o que tem. Segundo a senhora, que explicou todos os pormenores,  mais exemplares  hão-de vir e ficarão expostos em permanência naquele local.


Aqui tem explicação dos presépios, escrito na parede da sala dos mesmos. Para melhor ler clicar na foto.

A seguir passei em frente à Câmara Municipal de Lisboa, A sua Praça, este ano, anda animadinha com barraquinhas e outras coisas mais. Tão românticos devem estar que até construíram uma Árvore de Natal com muitos corações coloridos .À noite o efeito das cores são geniais. (risos)

No pavimento da  Praça do Município encontra-se  um bolo rei gigante, dos de fazer de conta. Quanta imaginação!
Mais à frente, na Praça do Comércio, que está uma beleza de lugar, uma banda de Jazz animava aquele  espaço. E eu a comer castanhas assadas. Nenhuma estava podre e todas muito saborosas. (risos) Olhando para a esquerda reparo em dois belos navios cruzeiros que pareciam ter saltado para  a cidade. Que belo panorama faziam com as luzes acesas.
Seguindo a pé em direcção ao Cais do Sodré, toda aquela Avenida estava replecta de gente. Uns  a caminharem nas calmas, outros sentados ao longo do muro que separa o rio a conversarem... O cair da noite estava com temperatura muito agradável . O Cais das Colunas está lindo, os Cacilheiros navegam reflectindo luz na água. E a cereja no topo do bolo: uma música suave e romântica , entoada de forma instrumental por alguém que toca na rua, tornou  tudo mágico. Cheguei a pensar se aquilo estava mesmo a acontecer  ou era ficção. Aquele lugar está mesmo muito,muito agradável. E é tão fácil lá chegar, da minha parte, claro! Finalmente entregaram parte do estuário do Tejo à população na sua plenitude...É que naquele pedaço já não passam carros. Ufa, que maravilha! Vim consolada! Expressão muito usada na minha terra  quando se sentem satisfeitos com algo. Nunca vi Lisboa tão bonita!...

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

"O Bolo D Amélia... O Menino Mija."




Nas redes sociais virtuais , de vez em quando , lá se" tropeça" em assuntos empáticos e de interesses enriquecedores. Ontem vi uma partilha de um post , na rede social Facebook, dando conta de um bolo de  nome "D Amélia . Além disso, a foto apresentada é apelativa e o nome, "O Menino Mija", também conhecida  a expressão açoriana. Por tudo isto espicaçou-me a curiosidade e  por isso abri o link que se encontra a seguir. Basta clicar e ver o seu conteúdo para entender o resto: https://foodwithameaning.wordpress.com/2014/12/30/bolo-d-amelia-para-a-tradicao-do-menino-mija/
Entrei e fiquei agradada com o que li ,a tal ponto de também deixar um comentário, mesmo que o post tenha um ano.



Realmente, as tradições de Natal açorianas tinham, e ainda devem ter, outras essências e outras alegrias. Algo que nunca encontrei no Continente, até hoje! Também não sei como é vivido em todo o território, mas pela minha experiência a viver onde vivo há 28 anos é uma tristeza pegada. O que me vale é, das minhas portas para dentro, celebrar o que me ficou da minha tradição de Natal e marimbo-me no resto. Até evito sair nesses dias para não ter que ver nem ouvir coisas aborrecidas que mexem com o meu emocional. Tento também ouvir muita música e não ligar a tv , especialmente para canais do bota abaixo, de lavagens cerebrais, manipuladores com fins lucrativos de exploração sentimental.
 Não me lembro na minha terra aproveitaram esta época para tantos lamentos e sempre houve gente com anos mais alegres e outros mais tristes pela força das circunstâncias de cada qual... Sempre houve gente com mais e menos poder de compra, mas não era motivo para odiaram o Natal...pelo menos nunca me apercebi de tal sentimento. Com franqueza !... É que já chateia o Natal servir de saco de boxe.     
   

domingo, 6 de dezembro de 2015

Jazz&Blues.



Se for mesmo verdade haver vidas repetidas ou lá o que é isto, então devo ter tido vivências afro-americanas noutra reencarnação, nos EUA. (risos) Nunca recebi influências de pessoas próximas na apreciação do género música Jazz. Descobri, não me lembro como, este gosto que está bem definido no topo das minhas preferências musicais , dando relevo ao blues jazz, os clássicos ! Os interpretes, femininos e masculinos, também  clássicos, nunca me cansam ouvi-los.



Não há muito tempo li apontamentos biográficos sobre génios da soul music. numa colecção de pequenos livros. Este artistas tiveram quase todos inícios de vidas familiares muito difíceis . De todos, a Nina Simone, nome artístico,  o seu verdadeiro nome era Eunice Kathleen , nasceu numa família sem grandes problemas materiais. Até ao dia em que o pai adoeceu e a casa onde viviam ardeu . A partir desse altura as dificuldades começaram a surgir. A mãe ganhava a vida como pastora na igreja Metodista, onde levava a filha a tocar piano. Desde muito novinha teve esta capacidade. O maior desejo da sua progenitora era que fosse a primeira negra pianista clássica. Em certa medida começou por ter sorte, porque conheceu uma senhora russa que lhe iniciou na aprendizagem das técnicas clássicas dos grandes compositores europeus. Chegou uma altura que não podia ir mais além ao confrontar-se com a falta de dinheiro para pagar propinas. A sua professora particular, a tal senhora russa, organizou na comunidade uma fundação, na condição de lhe arranjar fundos e em troca a Eunice tocaria na igreja por algum tempo e assim foi. Há gente muito generosa e cheia de boa vontade
 Consta que foi uma pianista muito aplicada, sempre muito incentivada a subir mais alto, até onde pôde ir. Ainda se candidatou a uma academia de alto gabarito onde entravam os muito bons a excelentes, mas pela sua condição de cor de pele foi-lhe barrada a entrada...pelo menos assim  pensaram. O racismo, à época, era feroz .Isto há mais ou menos meio século. Até custa acreditar! Por este e outros motivos a Nina Simone interveio na sociedade norte americana como grande activista contra o racismo.
 Apesar de ser considerada  uma diva como cantora, não teve sorte na sua vida pessoal...