segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Até parece que na infelicidade é que se está bem.


Talvez esta frase possa ter duas leituras. Vai depender do contexto.
 Neste país, à beira mar plantado, em especial no continente português, aproveitam a época de Natal  para "vomitarem"a  infelicidade e exageros em vários aspectos do que o seu contrário. Pelo menos é o que venho constatando ao longo de 26 anos na região e arredores onde vivo. Vejamos:
-Muita invocação de solidariedades
-Muita benevolência  de momentos
-Muita miséria humana , de toda a espécie.
-Muitas desgraças
-Muita fome no mundo. 
Em Portugal, com a crise instalada até ao tutano, a fome é recordada todas as horas do dia, durante todo o ano. Já não é apenas no Natal. Infelizmente! Batem na mesma tecla até à exaustão, mas pouco ou nada tem sido resolvido neste campo. A não ser as instituições de solidariedade humanitárias que  vão colocando panos quentes de emergências gritantes. Ao contrário, organizações  partidárias  valem-se da miséria apenas e tão só como força política. Tal como a figura bíblica , de seu nome Sanção , quando Dalila lhe cortou o cabelo perdeu toda a sua força descomunal.

Desconheço quem seja a Giovanni Dias, mas tem toda a razão.
Natal em latim significa Natividade e esta palavra significa nascimento, em especial o de Jesus Cristo. De um modo geral, qualquer ser que nasça é sinónimo de alegria e pode-se manifestar de diversas formas. A alegria tem de ser espontânea, vinda de dentro e não forçada por obrigações desgastantes. As alegrias são para serem festejadas interiormente ou exteriormente e compartilhadas para quem queira entrar na onda , com simplicidade. Tão simples como isso! Devemos festejar a vida! Admito e compreendo quem não possa , por vários motivos, sentir-se feliz no Natal ou que nada signifique esta comemoração. Mas ao menos que não contaminem quem goste, com tantas mistelas miseráveis. Já chega!... Até nas  guerras existem as  tréguas.

sábado, 2 de novembro de 2013

Somos um povo alegre?


Em  Agosto de 2006,viajei de avião  do aeroporto Stansted , em Londres, para o aeroporto Malpensa , em Milão, para depois seguir viagem rumo à Suíça, em carro alugado. Fui na companhia de familiares. Sentada no avião ia  no banco do meio. A minha irmã ,no lado da janela e uma senhora ,com características indianas ,no lado do corredor. Levei toda a viagem a conversar com a minha irmã, numa mistura de grande contentamento e muita risota, como é habitual quando estamos juntas!..
O dia estava limpo e soalheiro e numa dada altura  o avião baixou em altitude, de forma que dava para ver  as paisagens lá em baixo com nitidez.
Quando sobrevoamos a Suíça, o marido da minha sobrinha chamou-nos a atenção para o lugar onde íamos ficar. Credo, que maravilha! Se estávamos felizes mais ficamos ! Na minha maneira de ser expressei-me de uma forma um tanto ou quanto exacerbada, quase parecido quando recebia os brinquedos pelo Natal! Só me faltou bater palmas. A senhora estrangeira, que estava no meu lado direito, contagiou-se e também ficou sorridente. Perguntou em inglês de que país éramos naturais. Respondi toda eufórica:de PORTUGAL! Não conhecia, mas já tinha ouvido falar. Depois acrescentou, deve ser um povo muito alegre! Contive-me para não rir às gargalhadas, mas limitei-me a responder: Yes yes we are! (sim,sim nós somos)  Eu pelo menos considero-me ter temperamento alegre, sempre fui assim e espero continuar a sê-lo!... Tive a sorte de conviver com pessoas com excelente humor. Embora também tivesse quem fosse mais sóbrio e nem sempre achasse graça à minha maneira de ser. Fartaram-se de me chamar a atenção, mas o que o berço dá a tumba leva...Agradeço aos deuses ou a forças superiores por ser assim!
A estadia na Suíça foi um encanto! Na primeira noite choveu imenso. Como estávamos numa casa  maravilhosa e em plenos Alpes  podíamos ver a bela paisagem verdejante e em baixo o esplêndido Lago Maggiore ,em Locarno.  Como sempre gostei e gosto de cinema , aquele cenário pareceu-me estar numa cena de um filme. Até a chuva estava bem enquadrada...