Há lembranças que nunca esquecem ,apenas ficam adormecidas! A foto acima representa uma dupla de comediantes que foi muito popular no cinema cómico. Para ser sincera, nunca apreciei este género de filmes. Acontece que jamais esqueci "O BUCHA E O ESTICA"! Pela simples razão de ter ido a primeira vez a uma matiné sem ser acompanhada por adultos, como era habitual quando ia ao cinema, independentemente das horas. E também por outro acontecimento invulgar que se passou naquele dia. Fui com um amigo de infância, mais novo do que eu um ano e filho único. À época devia ter 11 ou 12 anos.
Na minha Vila, quando ia ao "Teatro Vilafranquense", normalmente, o lugar escolhido para ver filmes era no chamado balcão, onde seria mais improvável haver bagunçada. Porém, naquele dia o meu amigo preferiu e teimou irmos para a platéia. Fiquei aborrecida e receosa, mas não tive outro remédio senão fazer-lhe a vontade.
No intervalo do filme, qual não foi o meu espanto ao ver e ouvir uma grande algazarra vinda de cima: rapazes, mais ou menos das nossas idades, debruçados na grade do tal balcão, a chamarem pelo meu parceiro. Percebi que eram seus colegas da escola. Tudo por quererem saber se eu era irmã dele. Ele respondeu que sim, que era a sua irmã!...Para completar o festim, vejo rebuçados a caírem do alto e vozes que diziam:-" Apanha os "rabuçados" e dá à tua irmã, que é boa como o milho!" (risos). Que vergonha !... Decorridos estes anos todos ri-me imenso ao lembrar-me deste episódio muito engraçado! Mas na altura não achei piada nenhuma. Se tivesse um buraco para me esconder tinha-o feito...
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Um à parte e a propósito: Nunca entendi bem a expressão" boa como o milho ". Agora, fazerem-se de burros ou burras para comerem milho, isto aí percebe-se logo. Algumas vezes convêm mesmo fazermo-nos de burrinhas ou burrinhos...olé!...
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