Ontem foi o meu primeiro dia e primeira vez a ter aulas na disciplina Saúde. O professor doutor Carlos Ribeiro é médico especialista em cardiologia. Exerceu medicina clínica no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, e foi professor Universitário. Está reformado há uns anos e encontra-se na faixa etária dos oitenta anos. Faz voluntariado na Unisseixal dando aulas há uns seis ou sete anos! Quanto a mim, a sua idade está apenas no cartão de identificação. Tomara muitos indivíduos com 60 e menos anos terem a aparência cheia de charme, lucidez , capacidade intelectual e verbal como este senhor tem.
Para começo, achei bastante positiva e enriquecedora assistir a esta aula . O tema foi sobre a idade sénior ou velhice. Pelo conceito social, ainda me faltam, mais ou menos, 10 anos para ser velha, mas já me estou a treinar. (risos) 10 anos passam rápido...
Há quem fuja como diabo da cruz dos velhos, como se tivessem peste. Conheço quem tenha estas ideias e atitudes tristes. Não tenho nenhum problema, até gosto! O que mais me atormenta na velhice são as doenças incapacitantes que possam levar a dependências várias.
Focou um pouco o que é ser velho numa sociedade em que é depreciativo chegar a este patamar da vida. Se ficar doente a coisa piora, porque é um custo acrescido para o Sistema Nacional de Saúde. Muitas vezes é tratado com piedade, desdém, paternalismo e sem nenhuma dignidade. Num mundo como o nosso a Economia ou quem a produz é que vale. Logo, o idoso não tem nenhum valor. A idolatração da juventude está para durar. Um país sem juventude não tem progresso. É verdade! Mas não quer dizer que não possam coabitar com os velhos sem oposições e desprezos!
Disse algo que fiquei a pensar e que passo a citar, mais ou menos assim: As aldeias podem estar isoladas, mas os velhos que a habitam não! Enquanto que nas cidades existem milhares de pessoas, lugares abertos em vários aspectos, mas os velhos é que ficam isolados nos lares para idosos. Os primeiros sinais de velhice é dizer: no meu tempo é que era bom, sentir cansaço por tudo e por nada e não dar valor a nada.
Procurar viver o melhor possível, sem lamentações que não vão chegar a lado nenhum. É fundamental a comunicação, aprender apreciar as coisas mais simples que estão à nossa volta. Fugir da solidão é um modo de procurar saúde. Afinal, a solidão mata ou provoca doenças.
Foi dito muitas mais coisas: na gripe e forma de a evitar e tratar.
Concluindo: tenho sorte por poder assistir a estas aulas!...