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Encontrada na Internet (sito da câmara de Lisboa) |
Há pouco mais de uma semana fui a Lisboa com intenção de assistir a um concerto de Natal numa das suas igrejas, mas não aconteceu nesse dia. Fiz confusão. Como foi à noite deu para ver a iluminação das ruas da Baixa. Espantou-me o movimento de pessoas a circularem de um lado para o outro e o comércio animado. Comparei-o às noites de Santo António, tal era o reboliço. Notei haver muitos estrangeiros, especialmente espanhóis, avaliar pelo idioma . A ornamentação das ruas, alusiva à época de Natal, está muito bonita. Dá gosto ver! Fico feliz com estas coisas e conto ir mais vezes visitar a capital nessa quadra festiva!
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Encontrada na Internet |
A par disso, existem as vozes criticas que invocam a pobreza em Portugal, para tanto brilho e luz nas decorações, que implica gastos avultados de dinheiro, contrastando com a miséria dos sem-abrigo que proliferam na capital portuguesa. Dizem que são aos milhares, números que dão que pensar. É um problema social grave que devia ser estudado com rigor, a razão de tanta gente sem tecto e a viverem indignamente. Há poucas décadas, os mendigos de rua, quase sempre , eram toxicodependentes , alcoólicos e outros males de origem mental e física. E ainda havia, em menor número, os que se habituaram a viver da esmola alheia, os chamados preguiçosos ou malandros. Disso não tenho dúvidas. Actualmente, não faço a menor ideia se ainda assim é. Pelos vistos, as estatísticas (?) dizem que não e a coisa complicou-se!...A somar a esta desgraça tem os estrangeiros desocupados, oriundos de países mais pelintras do que nosso!
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Encontrada na Internet |
Segundo consta, as decorações e animações natalícias de rua são comparticipadas pela autarquia de Lisboa, em parceria com
União das Associações de Comércio e Serviços, como é da tradição.
A minha questão: se não fizessem estes gastos resolvia o problema dos sem-abrigo e de todas as misérias anunciadas? Certamente que sim, mas por muito pouco tempo. Se calhar para tapar a cova de um dente, passo a expressão. E depois, como seria? A meu ver
a miséria chama miséria. Qualquer que chegasse a Lisboa nessa época e visse tudo murchinho, escuro , uma cidade tipo fantasma, amedrontava e afugentava. Deus me livre!.. Ou preferiam que assim fosse, por questões morais e de hipocrisias, como alguns gostam de atribuir a estes eventos, naquela de nem para uns, nem para outros?...Tenham dó!...
Onde tenho residência, num concelho nos arredores de Lisboa, não tem dinheiro para mandar cantar um cego. Por isso, pouco ou nada a simbolizar o Natal na via pública. Está tão tristinho, coitadinho!... O que vale é a sua baía natural que não perde a beleza !
Bem, resta-me contentar-me com conforto relativo do meu lar e poder ir onde possa alegrar as vistas e a alma! É muito bom nos tempos que correm ter esta sorte!...
Resta-me desejar Bom Natal, para quem festeja. Caso contrário, haja saúde e que todos possam merecer um lugar ao sol!